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A importância da alfabetização visual

Na realidade tecnológica em que vivemos atualmente, a imagem tornou-se o foco da informação. Há algum tempo, cinema e televisão abriram caminho para a cultura visual de massa. Hoje, com as redes sociais, a necessidade de informação rápida e eficaz coloca a imagem em primeiro plano, ficando a linguagem escrita responsável pelas informações adicionais, ou seja, a legenda. Os aplicativos de comunicação textual em celulares, por exemplo, estão aprimorando cada vez mais seus recursos visuais, como os emojis (ícones representando emoções), as figurinhas (adesivos virtuais) e os memes.  A utilização da linguagem visual como forma de comunicação de ideias sempre se deu, na verdade desde a idade da pedra (mesmo que não intencionalmente). Basta analisarmos um pouco da arte sacra e veremos que as mais importantes passagens bíblicas são contadas através de imagens. Os afrescos de Michelangelo no teto da Capela Sistina e de Leonardo representando a Santa Ceia são exemplos bem conhecidos. Outro exem
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Visualização criativa

Sabe aquele assunto que você já deu mil vezes em sala de aula e já não tem mais o que inventar? Pois aqui estou eu para dar uma ideia que pode salvar suas aulas: a visualização criativa!  Certa vez, em um dos meus estágios, tive que dar uma aula sobre Maneirismo e Barroco para o 7º ano. Então pensei: "como ser criativa com um assunto tão quadradinho?" Sempre fui fã de contar histórias simbólicas para puxar um assunto ou conceito sério (fruto da minha formação em psicomotricidade e das minhas aulas de arte para crianças pequenas) e resolvi pesquisar alguma coisa que me ajudasse nesse sentido em livros de história da arte. Barroco traz à mente suspense, sombra, dramatização, expressão de emoções.  Eis que encontro, no fabuloso livro A História da Arte, do Gombrich (se você não tem, vale a pena investir em um), uma leitura dramaticamente barroca da obra O reencontro do corpo de São Marcos, de Tintoretto.  E foi assim que comecei minha aula: penumbra, sem slides e uma história de

Vermelho é cor primária?

Vamos logo ao que interessa. A resposta é SIM e NÃO. Vou explicar. Alguma vez você já tentou criar o laranja, o rosa ou o roxo usando guache vermelho? Pois é… se tentou, percebeu que não é uma tarefa fácil e acabou se frustrando por não conseguir o tom que queria. Isso acontece simplesmente porque o vermelho não é cor pura. Ele é composto por amarelo e uma corzinha misteriosa chamada magenta, que é cor primária e pura.  O problema é que, até hoje, ensina-se nas escolas que o vermelho é cor primária e pedem tinta vermelha para o estoque das salas de arte, frustrando as crianças quando tentam misturar as cores para criar o laranja, o rosa e o roxo. Mas por que isso? Na teoria moderna das cores, temos três sistemas de formação de cor: a síntese aditiva, a síntese subtrativa e a síntese participativa. Síntese aditiva: Usada nas cores de luz, ou seja, formadas pela decomposição da luz branca. Suas cores primárias são o vermelho, o verde e o azul. É o sistema RGB ( R ed, G reen e B lue) util